Corrida, uma conversa que vai além do percurso. Deixe um comentário

Dedicar-se ao esporte e se tornar profissional requer vigilância constante com o corpo

 

Muitos fatores podem levar as pessoas à decisão de praticar uma atividade física. Seja para sair do sedentarismo, por indicação médica para controlar indicadores do organismo, ou, por acreditar que está acima do peso.

Um dos esportes que tem cativado cada vez mais é a corrida. Uma atividade que pode influenciar positivamente para a saúde física e mental. A escolha caiu tanto no gosto que os praticantes pouco a pouco vão crescendo na rotina de treinos e chegam ao profissionalismo da categoria esportiva. Porém, nesse estágio é fundamental ter o devido acompanhamento médico e a consciência de que o cardápio alimentar e o uso de vitaminas suplementares e complementares devem atender plenamente as necessidades do corpo, a fim de oferecer as condições adequadas e de equilíbrio, inclusive muscular e óssea, para uma prática saudável.

“É fundamental uma avaliação médica, com exames de hemograma, cardiológico e outros para detectar se há restrições. Tornar-se um corredor profissional é um processo que acontece pouco a pouco, a partir da caminhada. Quando já se adquiriu experiência o corredor passa a estabelecer suas metas dentro da rotina de treinos, sempre observando os batimentos cardíacos, movimento respiratório, distância e tempo” detalha o médico ortopedista da Sociedade Brasileira de Ortopedia, Wagner Boratto, de Santo André.

De acordo com o profissional, a falta desse acompanhamento minucioso pode acarretar na ausência de cálcio, Vitamina D e Complexo B no organismo. “O cálcio é responsável pela força, contração muscular e massa óssea. Já a Vitamina D e o Complexo B atuam na fibra nervosa”, explica Boratto, reforçando que essas suplementações devem estar sempre alinhadas à uma alimentação rica em verduras e legumes, evitando gorduras e refrigerantes.

A periodicidade do uso dos suplementos e complementos alimentares será de acordo com a avaliação nutricional de cada pessoa. “Uma criança pode fazer uso desde que seja constatada a necessidade a partir da atividade esportiva que ela realiza e da avaliação que o nutricionista terá do seu quadro”, conclui o ortopedista.

A nutricionista e fisiologista Andrea Zaccaro, presidente da Associação Brasileira de Nutrição Esportiva, pontua que, primeiramente, o alto rendimento de um corredor dependerá de uma alimentação balanceada, que supra as necessidades básicas de macro e micronutrientes. “Os macronutrientes são aqueles que precisamos comer em grande quantidade, como os carboidratos, proteínas e gorduras. Já os micronutrientes, consumidos em menor quantidade, são vitaminas e minerais que agem como reguladores, como por exemplo o selênio contido na castanha. Por dia é indicado comer apenas uma castanha, pois o excesso pode ser prejudicial à recuperação natural do corpo após o exercício físico.”

A suplementação e complementação alimentar orientadas pelos médicos auxiliam nos casos em que haja alguma deficiência do organismo na produção necessária para os corredores.

Para que o corpo se adapte de acordo com o desejo de quem busca ser um corredor profissional é necessário o consumo de carboidratos, principais fontes de energia para os músculos, podendo ser encontrados em cereais, frutas e pães, dentre outros.

De acordo com Andrea Zaccaro, proteínas como o peixe, ovos, leite e queijo são fundamentais para manter as estruturas do corpo e as conexões dos neurônios, influenciando, inclusive, no sistema de defesa. “Precisamos consumir pelo menos 1g de proteína por quilo. Quanto mais forte e estressante for a atividade, maior será a necessidade do consumo de proteínas, que também ajudam os tecidos e articulações, evitando lesões e melhorando a recuperação após a atividade. Além de colaborar para o ganho de massa muscular”, detalha a nutricionista.

Atuando como reguladores, os micronutrientes são vitaminas e minerais que auxiliam carboidratos e proteínas. Um exemplo é o Complexo B, muito presente na aveia, levedura de cerveja e outros, que auxiliam na geração de energia. Já a Vitamina A age na reparação dos tecidos, como fonte de carotenoides muito presente na cenoura, abóbora e batata doce.

Fósforo e cálcio entram também para a lista fundamental de vitaminas necessárias para os corredores por meio da Vitamina D, que auxilia na absorção do cálcio. Já a popular Vitamina C é superimportante para a formação de colágeno e potente antioxidante.

“Mesmo seguindo uma alimentação balanceada ao longo do dia, com nutrientes suficientes, caso haja a necessidade de suplementação, indico que ela inicie a partir dos 20 anos”, conclui a presidente da Associação Brasileira de Nutrição Esportiva.

 

Fonte: Site Sorocaps

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